Doce
esta doçura,
a mim não pertence
certamente,
a outro deve dar a mão.
esta doçura
que o amor redime
deve ser por certo
como quase crime,
como o que oprime,
como a solidão.
esta doçura,
ao amor é própria,
jamais minha ou sua.
esta doçura
torna-me, assim,
entregue, nua
e vem defintiva,
vem como um clarão-
aclarar o dia
bem como eu queria
como era o dia
quando você vinha,
uma aparição.
a doçura que era minha
e era nossa, e que já não mais é
ainda que perene seja.
a mim não pertence
certamente,
a outro deve dar a mão.
esta doçura
que o amor redime
deve ser por certo
como quase crime,
como o que oprime,
como a solidão.
esta doçura,
ao amor é própria,
jamais minha ou sua.
esta doçura
torna-me, assim,
entregue, nua
e vem defintiva,
vem como um clarão-
aclarar o dia
bem como eu queria
como era o dia
quando você vinha,
uma aparição.
a doçura que era minha
e era nossa, e que já não mais é
ainda que perene seja.