Saturday, April 21, 2007

Doce

esta doçura,
a mim não pertence
certamente,
a outro deve dar a mão.

esta doçura
que o amor redime
deve ser por certo
como quase crime,
como o que oprime,
como a solidão.

esta doçura,
ao amor é própria,
jamais minha ou sua.

esta doçura
torna-me, assim,
entregue, nua
e vem defintiva,
vem como um clarão-

aclarar o dia
bem como eu queria
como era o dia
quando você vinha,
uma aparição.

a doçura que era minha
e era nossa, e que já não mais é
ainda que perene seja.