"Living is easy with eyes closed, misanderstanding all you see/ It's getting hard to be someone but it always works out/ It doesn't matter much to me..." (Strawberry fields forever, Beatles)
Figura entre os meus dedos o espaço do não. O implícito chega a nem existir de tão oculto e voam os sonhos do quintal desesperado. Compreendo a ponto de não saber, enxergo a exaustão e a beleza. Cansaço não é mais bem o que sinto... A angústia, há muito travestida, me sorri como desconhecida. O que tudo representa? A palidez me redime e sou reluzente - preciso de não-respostas, preciso da ilusão. Estéril, vou-me espraiando pela vida, assim como quem simplesmente passa. Eu me interrompo para me recompor e ser a mesma na diferença absoluta de mim mesma. Tornei-me imensamente abstrata a ponto de ser superficial para a urgência da vida. Mas lanço no vazio do espaço o grito alienado, manifesto absoluto da minha revolta reverente.